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Fases do luto

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De acordo com a psiquiatra Elizabeth Kubber Ross quando estamos frente a um perigo eminente, diversas reações emocionais são despertadas em nós.
Dentre os sentimentos expostos a negação, a raiva, negociação, depressão, aceitação, fazem parte. 
Por isso nesses momentos primeiramente negamos o acontecido: - Isso não esta acontecendo comigo!
Depois devido ao nosso censo de justiça ficamos com raiva;
- Como pode acontecer  isso comigo?.
Ao mesmo tempo perante a evidência do fato nosso instinto de sobrevivência orienta-nos para uma estratégia, e oferecemos tudo ao nosso alcance para obter mais tempo, ou supostamente a quem tem esse poder, (o agressor, Deus, destino).
- Farei de tudo para que isso não aconteça novamente comigo!
Posteriormente quando percebemos que falhamos na negociação e se esvaiu toda nossa energia ficamos prostrados e entramos em depressão:
- Estou cansado de tudo! Nada mais me resta!
 Finalmente compreendemos que não há nada a fazer, ante tal realidade e  encaramos com resignação o que nos está reservado:
- Viver é mudança permanente!
Esses são processos naturais de adaptação de nosso psiquismo a situações dificultosas, nos mostrando que assim como a maquina física se adapta as alterações biológicas, nosso psiquismo também passa por processo de ajuste. Essas fases são intermitentes e gastamos algum tempo vivenciando cada uma delas.
Mas o interessante para aqueles que estão nessa situação das  “perdas” incluindo o ente querido é que essas são as 5 fases do luto.

  1.          Negação
  2.       Raiva
  3.        Negociação ou Barganha
  4.        Depressão 
  5.        Aceitação
Conhece-las nos ajuda a ir  trabalhando as emoções e pensamentos  para poder superá-las. Sabemos que o momento das perdas é difícil, pois são momentos de dor, mas estarmos cientes percebendo-os como fazendo parte das leis  naturais e normais em nossas vidas nos dá um alento novo para continuar a querer viver. Por isso aprendamos a ser tolerantes e compreensivos para com a vida, situações, conosco mesmo, pois  perceber os sentimentos que movem nossas ações, é estar consciente e não tomar medidas imprevisíveis e dolorosas que atingirão as pessoas que nos amam e que amamos também.


Momentos de Inspiração

Esses momentos de inspiração foram vividos na Casa Espirita na tarefa "Diálogo Fraterno" que atende pessoas que perderam o ente querido



Triste escolha
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De todas as tristezas
Existe uma mais profunda
É a tristeza de sentir tristeza
Que o coração inunda

Por isso existem escolhas
Melhores a fazer
Não se deixar desanimar
Não se permitir entristecer

As vias pelas quais caminhamos
Fazem parte das leis naturais
Vida, morte, dor
São situações normais

Anormal é não sentir
Anormal é mentir
Anormal é consentir
No vazio do coração

O vazio é o nada
É eterno e não acaba
Com as desventuras do SER
Por isso não desista em seu querer

Nem fique triste não
O bom animo nos salva
E fala do amor em nossa alma

A desentristecer o coração.

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No momento do luto vivenciamos  tristeza e dor, e esse momento nos parece infindável pela angustia em si mesmo. Entretanto  observamos em algumas pessoas enlutadas, que as emoções vividas durante o luto, são acrescidas pelas dores das perdas anteriores. Talvez  tenhamos sufocado essas dores acreditando que esquecer era o melhor. Mas recalcando-as ficam as  expensas de nossas lembranças. E nossa estrutura psíquica demonstra em nosso modo de ver e aceitar a vida a dor acumulada. A ultima instancia desse comportamento é a sintomatologia, ou seja nosso corpo somatiza, e a doença aparece. O momento do luto pode ser de grande transformação se buscarmos a ajuda necessária . A escuta e o desabafo podem ajudar muito. Revendo crenças, conceitos, expectativas e ilusões que fazem parte de nossa historia. É como abrir a janela para luz entrar, permitindo que as sombras desapareçam. Por isso acreditamos ser o momento do luto um momento precioso de aprendizado...
Trazemos algumas crenças acerca do luto, resultado de antigos valores, e passamos essas crenças como verdade absoluta. Dizemos às pessoas que estão vivenciando o luto que elas não devem ficar presas a essa situação, que isso deve passar logo, que ela deve ser forte para poder esquecer, pois a vida deve retornar ao normal. Dizemos frases “significativas’ como: O tempo cura tudo! Seja forte! Hoje temos um conhecimento novo acerca do luto. Existe até um estudo para essas questões que é a Tanatologia. Mas fica em nós a dúvida. Devemos evitar o luto ou enfrentá-lo? Devemos ouvir amigos e familiares que dizem que devemos desenvolver autocontrole, ou seja, repressão emocional, sendo forte, não se deixando abater. Ou buscar ajuda, novas referencias enfrentando-o e crescendo por meio dele? A sociedade que vive avaliando tudo e todos em função do tempo, pois tem a impaciência como cultura, pressiona o enlutado para sair da experiencia voltando a atividade normal. E o enluta...

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