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No momento do luto vivenciamos  tristeza e dor, e esse momento nos parece infindável pela angustia em si mesmo. Entretanto  observamos em algumas pessoas enlutadas, que as emoções vividas durante o luto, são acrescidas pelas dores das perdas anteriores. Talvez  tenhamos sufocado essas dores acreditando que esquecer era o melhor. Mas recalcando-as ficam as  expensas de nossas lembranças. E nossa estrutura psíquica demonstra em nosso modo de ver e aceitar a vida a dor acumulada. A ultima instancia desse comportamento é a sintomatologia, ou seja nosso corpo somatiza, e a doença aparece. O momento do luto pode ser de grande transformação se buscarmos a ajuda necessária . A escuta e o desabafo podem ajudar muito. Revendo crenças, conceitos, expectativas e ilusões que fazem parte de nossa historia. É como abrir a janela para luz entrar, permitindo que as sombras desapareçam. Por isso acreditamos ser o momento do luto um momento precioso de aprendizado emocional, onde se ajud
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A Caminho da Luz - "Navegar é preciso viver não é preciso

Nesta grande nave que se chama Terra navegamos rumo ao infinito, incertos dos caminhos a navegar. Por vezes ante as insurgências do viver tudo nos parece utópico. Outras vezes na maré mansa tudo é tão real, mas o importante é estarmos em movimento; é navegar. O que significa: - Rumo ao infinito! Significa sempre a frente, sempre avante, rumo ao alto! Jesus caminhava continuadamente, por terra por mar levando a Boa Nova. Por quantos caminhos andou.? Quantos corações habitou? Quantas sementes semeou? Para caminhar são necessárias as forças da alma e do coração. Olhos no céu, e pés no chão. Tino na direção. Bom senso na autocorreção. Neste mundão de meu Deus quantos estão à prova por escolherem maus caminhos. Caminhos incertos ou inseguros, pelos quais optamos em aprender. Mas como diz a história basta ouvir a voz do coração! Ah esse malvado coração! Bussola redentora de todos nós. Quando quero ir para um lado ele quer ir para outro. É como diz a par

Resignificando Sentimentos

\ No momento do luto vivenciamos tristeza e dor, e esse momento nos parece infindável pela angústia em si mesmo. De fato, a perda do ente querido é muito dolorosa. Mas te mos observado que algumas pessoas reagem emocionalmente há um certo padrão de emoções que se mantem constantes em todos os momentos de sua vida. Talvez seja crença imaginarmos que há um dor maior ou menor, ma is intensa e mais profunda, para cada situação que vivenciamos. Acredito que o tônus dessa dor se dá pela forma como vivenciamos a vida. Se a vivenciamos em profundidade, mais profundas serão nossas emoções. Se displicentes, seremos como crianças não sabendo lidar com elas ficando surpresos e inertes ante o acontecido. Por isso acreditamos ser o momento do luto um momento precioso de aprendizado emocional, onde se ajudados ou nos ajudando poderemos mais conscientes, ressignificar nosso campo emocional sublimando-o numa oportunidade de reequilíbrio e paz. Quando no grupo que participamos o choro
Trazemos algumas crenças acerca do luto, resultado de antigos valores, e passamos essas crenças como verdade absoluta. Dizemos às pessoas que estão vivenciando o luto que elas não devem ficar presas a essa situação, que isso deve passar logo, que ela deve ser forte para poder esquecer, pois a vida deve retornar ao normal. Dizemos frases “significativas’ como: O tempo cura tudo! Seja forte! Hoje temos um conhecimento novo acerca do luto. Existe até um estudo para essas questões que é a Tanatologia. Mas fica em nós a dúvida. Devemos evitar o luto ou enfrentá-lo? Devemos ouvir amigos e familiares que dizem que devemos desenvolver autocontrole, ou seja, repressão emocional, sendo forte, não se deixando abater. Ou buscar ajuda, novas referencias enfrentando-o e crescendo por meio dele? A sociedade que vive avaliando tudo e todos em função do tempo, pois tem a impaciência como cultura, pressiona o enlutado para sair da experiencia voltando a atividade normal. E o enluta

O sentimento de culpa

Nas perdas passamos por uma avalanche de emoções. É uma verdadeira comoção a nos envolver. São tantos sentimentos que ficamos perdidos e exaustos. Tristeza, angustia,solidão,vazio,todas  tentando se estabelecer,pedindo respostas que não temos, minando nossas energias deixando-nos impotentes.  A mais sorrateira e frequente é a culpa.Não só pelo modo como foi vivida a relação, e por áreas obscuras que existiam, mas também pela maneira como se viveu a última etapa ; experiencia que pode ser especialmente significativa e ficar gravada de maneira muito intensa na lembrança do sobrevivente. Esse sentimento pode permanecer por muito tempo e até senti-lo pelo fato de estar superando o luto. Há pessoas que sentem-se culpadas por não estarem sempre com o pensamento voltado para o ente querido.Principalmente quando pensam no futuro tentando refazer a vida. Por estar vivos e o outro não. As vezes a experiencia de culpa é vivida por não ter a possibilidade de pedir perdão ou perdoar algu

Eles vivem

Ante o infortúnio da morte do ente querido não se desespere. Eles não morreram. Estão vivos na vida além da vida. Compartilham contigo os sentimentos que trazes no coração. Principalmente quando te afastas de Deus através de pensamentos de angustia que te impedem de perceber a misericórdia divina. Eles também sabem como dói a separação.  Sabem do pranto da despedida e das palavras ultimas que quiseram dizer e não foi possível, pois estão interligadas ao teu coração pelo laços do amor. Eles percebem o quanto te esforças para superar o presente momento e  te agradecem a colaboração, pois o consolo aporta em suas almas também. Respeite esse momento da partida , Pois é o convite amoroso do Pai que investiu através de suas leis sabias no aprendizado para o despertar do  filho pródigo. Apoia-os nesta viagem de transição. Conduza-o através de teu pensamento em prece e oração. Saiba que ele te escuta através dos sentimentos. De continuidade a algum trabalho de

Comemorações...

No luto não ha nada a comemorar. Só de pensar em passar o Natal o final de ano sem o ente querido doe demais. Queria não estar presente.Dormir e só acordar quando tudo tivesse passado. Comemorar o que? A mesa vazia. A solidão. O coração triste . De fato esses são os pensamentos que passam  em nossa mente nesse momento. No grupo que frequentamos eles são frequentes. Mas nós sempre questionamos. Será que nosso ente querido gostaria de nos ver assim.? Se ele é tão querido e amado e nos amou também,  acredito que não. Na nossa experiencia de vida em comum ficamos felizes quando o outro supera os problemas, as situações difíceis, os insucessos. Eu posso pensar e acreditar que nesse instante isso também ocorre. Dê um momento de paz ao seu coração. Você não estará negando esquecendo seu amado.  Mas buscando um enfrentamento saudável. Onde esses momentos de comemoração sejam uma trégua um convite da  própria vida para refazimento.  E com eles  aprenderemos  a ter e