Trazemos algumas crenças acerca do luto, resultado de antigos valores, e passamos essas crenças como verdade absoluta.
Dizemos às pessoas que estão vivenciando o luto que
elas não devem ficar presas a essa situação, que isso deve passar logo, que ela
deve ser forte para poder esquecer, pois a vida deve retornar ao normal. Dizemos
frases “significativas’ como: O tempo cura tudo! Seja forte!
Hoje temos um conhecimento novo acerca do luto.
Existe até um estudo para essas questões que é a Tanatologia.
Mas fica em nós a dúvida. Devemos evitar o luto ou enfrentá-lo?
Devemos ouvir amigos e familiares que dizem que
devemos desenvolver autocontrole, ou seja, repressão emocional, sendo forte,
não se deixando abater. Ou buscar ajuda, novas referencias enfrentando-o e
crescendo por meio dele?
A sociedade que vive avaliando tudo e todos em função
do tempo, pois tem a impaciência como cultura, pressiona o enlutado para sair
da experiencia voltando a atividade normal.
E o enlutado passa a apresentar um comportamento
socialmente aceitável, que porém, contraria sua necessidade psicológica.
Mascarar
ou fugir do luto causa ansiedade, confusão e depressão.
Se a pessoa enlutada não compartilhar e receber
reconhecimento social para sua dor poderá temer que seus sentimentos e
pensamentos sejam anormais.
O luto não é só uma questão de aceitação, superação,
reorganização, mas de “reconciliação” com a nova dinâmica que a vida propõe, ou
seja; sem a presença da pessoa querida. E isso é um processo não um evento.
Ela vai se dando conta que a vida será diferente. E
que a reconciliação é um processo que além da compreensão intelectual existe a
compreensão emocional e espiritual ou seja: entender na mente e no coração a
situação da perda.
Quando isso ocorre a dor sentida deixa de ser onipresente.E se transforma em um sentimento de perda que pode ser reconhecido e dá vez a um significado e um propósito renovado.
As crises tornam-se menos frequentes e
mais suaves, o enlutado vai fazendo novos envolvimentos e a esperança emerge na
vontade de viver.
MOMENTOS DE INSPIRAÇÃO
Esses momentos de inspiração foram vividos na Casa Espirita na tarefa "Dialogo Fraterno" que atende pessoas que perderam o ente querido.
Laços
Abraços
Deixando perfume no ar
Mas nunca se esquece
Deixando-nos a lembrar
Momentos que se vive
E se revive
Nas lembranças a voltar
É o sentimento do amor materno
Que se torna eterno
Sempre a acalentar
Por ser verdadeiro
Ele move o mundo inteiro
Numa ciranda
A crescer e multiplicar
Não importando a morte
Nem a distancia
Perante ele somos sempre crianças felizes
Ao nos reencontrar
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